<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8849594\x26blogName\x3dCaderno+de+Rascunhos+::\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLACK\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://cadernoderascunhos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://cadernoderascunhos.blogspot.com/\x26vt\x3d1207098319145265330', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

Confraria dos sedentários anônimos

domingo, janeiro 29, 2006

Não há nada mais humilhante para um homem que ser diferente de seus pares. Há duas semanas, essa constatação tem me perseguido. Faz exatas duas semanas que resolvi que a musculação seria a panacéia para minha escoliose, para minha bronquite e para meus problemas no joelho – estes, adquiridos nos tempos do basquete.

Desde então, tenho encontrado no ambiente acadêmico (posso chamar a academia de ginástica dessa forma, leitora?) material suficiente para escrever tratados filosóficos sobre a arte de exercitar-se.

Vamos à primeira teoria: o problema da humanidade não é a doença, mas a saúde. Os esforços que temos de fazer para mantê-la são insuportáveis. Vão da péssima música nas academias às dores depois dos exercícios, passando pela tortura de ter de decorar o nome das séries e dos aparelhos (supino reto cross over lhe diz alguma coisa?).

Também há a convivência com os demais freqüentadores do ambiente acadêmico. Aí é que eu me lembro do velho e bom Sartre: “O inferno são os outros.” Os outros que são mais fortes que você, os outros que conseguem levantar aquele peso que você nunca conseguirá levantar e os outros que sabem onde fica o supino reto cross over.

Quanto ao fato de só haver sujeitos mais fortes que você, na academia, volto ao primeiro parágrafo deste post – não há nada mais humilhante para um homem que ser diferente de seus pares – e lhes faço uma pergunta, minha segunda teoria: se todos os homens que estão à sua volta já têm bícepes hiperdesenvolvidos, isso significa que um dia eles foram iguais a você, esquálido? Não. Segundo uma companheira de letras, os bícepes de todos os seus companheiros de academia começaram a se desenvolver na adolescência e você, preocupado em apenas desenvolver as sinapses, perdeu o bonde da história.

Mas há, contudo, pequenos prazeres em uma academia de musculação: a hora em que terminam os exercícios, por exemplo. E a hora em que eles desligam a música. Também há a melhor invenção esportiva dos últimos tempos, depois dos tênis com molas – a musculação para mulheres. O que faz com que eu termine este post com minha terceira e derradeira teoria: o melhor em se fazer musculação não é observar o desenvolvimento do próprio bícepes, mas o desenvolvimento de outro músculo: o glúteo feminino.

Admirável mundo novo

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Depois de criarem o porco verde fosforescente, cientistas prometem chegar à fórmula da mulher que não gosta de falar ao telefone e do homem que abaixa a tampa da privada depois de usá-la. De fato, a genética nos promete um mundo de maravilhas, embora eu seja cético com relação aos limites do conhecimento humano.

Tudo bem, a solução para essa limitação pode ser facilmente resolvida por algum grupo de cientistas de Taiwan, de Hong Kong ou, quem sabe, do Brasil mesmo, ao desenvolverem humanos “melhores”.

Isso porque a Embrapa, um centro de pesquisas agropecuárias do país, criou melancias multi-cor. Há para todos os gostos: amarelas, laranjas, grenás e... vermelhas. Os estudiosos brasileiros já haviam chegado à fórmula da abobrinha verde-e-amarela, produto legitimamente nacional, tanto pela cor quanto pelo fato de sermos o país das abobrinhas.

Essas notícias que volta e meia aparecem nas editorias de ciência me fazem lembrar o livro “Admirável Mundo Novo”, do inglês Aldous Huxley. A obra narra um futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente. Um horizonte cada vez mais real.

As melancias amarelas – mais nutritivas – e os porcos verdes – que podem ser achados no escuro – me fazem especular se a mulher avessa a conversas pelo telefone e o homem cuidadoso ao usar o banheiro não poderão também ter cores diferentes de seus ascendentes. Não ficarei espantado se daqui a 20 anos uma senhora cor-de-burro-quando-foge ou um senhor com tom de pele furta-cor cruzarem meu caminho.

Pensamentos abstratos

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Feliz Ano Velho
A
contagem do tempo em anos é apenas mais uma dessas criações da humanidade que tenta delimitar as coisas – entram nesse grupo as horas, a cerca de arame farpado e a moral, que nos diz que a mulher do vizinho é do vizinho, e não sua. (Mas não tente falar uma coisa dessas no meio de uma festa de Ano Novo. Você seria expulso a pedradas.)


Monalisa

A
beleza é apenas uma opinião, não um fato. Gordinhas foram belas durante o Renascimento. Hoje são vítimas da ditadura da esqualidez. A juventude passa; a velhice, as celulites e as rugas – a menos que você tenha um bom cirurgião plástico e possa pagar por issosão para sempre.