<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8849594\x26blogName\x3dCaderno+de+Rascunhos+::\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLACK\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://cadernoderascunhos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://cadernoderascunhos.blogspot.com/\x26vt\x3d1207098319145265330', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

Assessorias de imprensa sempre existiram. Duvida? Então leia o release abaixo, encontrado em escavações na Mesopotânia

segunda-feira, setembro 19, 2005

Numa hipotética nação bíblica, um anunciado dilúvio com a duração de 40 dias e 40 noites assusta os consumidores. Pessoas correm aos principais supermercados para comprar coletes salva-vidas, pequenas embarcações e botes infláveis. Os especialistas, no entanto, alertam à população que somente grandes arcas poderão salvar os consumidores do dilúvio do Senhor.

É justamente neste cenário de incertezas que a empresa Noé S/A, fabricante de arcas, no mercado há 600 anos, lança sua Arca de Cipreste, resistente ao dilúvio que ameaça varrer da face da Terra corrompida e cheia de violência toda carne pecadora.


Toda carne corrompida e pecadora será exterminada, a menos que use as novas Arcas de Cipreste da Noé

Nos últimos dez dias, como resultado da divulgação, pela Noé Promisses, de uma profecia que alerta para o dilúvio do Senhor, os consumidores filipenses têm se preocupado com a compra de equipamentos náuticos, sobretudo aqueles destinados à permanência em alto-mar por vários dias, uma vez que o dilúvio tem a duração prevista de 40 dias e 40 noites. As vendas de botes infláveis subiu 69% e a de pequenas embarcações, 200%.

Segundo informações da empresa responsável pelo boletim meteorológico, o cataclisma deve fazer com que o nível do mar suba até 600 côvados. “Uma terrível tempestade deve varrer da face da Terra toda forma de vida conhecida até então, menos aquelas que possam conseguir proteção eficaz”, informa Abraão Seaman, CIO da Noé Promisses.

Desenvolvida pelos melhores pesquisadores da engenharia naval, e utilizando a melhor matéria-prima náutica, a Noé Embarcações, subsidiária das empresas Noé S/A, lança no mercado uma arca toda construída com tábuas de cipreste e calafetada com betume, por dentro e por fora.
Segundo informações dos principais institutos de pesquisas navais do Velho Testamento, esse é o único meio de salvação para aqueles que pretendem assistir aos dias que sucederem ao dilúvio.

Quando as comportas do céu se abrirem, já estarão dentro da Arca um par de cada animal vivente, alimentos suficientes para a sobrevivência durante o período e toda infra-estrutura necessária para os consumidores filipenses. Funcionários devidamente treinados estarão espalhados por toda a Arca, para a devida orientação. As passagens para a Arca da Noé Embarcações já estão sendo vendidas pelo telefone 003 ou pelos principais mercadores do Templo.

Mozart faz bem, MacCartney faz mal

É de conhecimento público – pelo menos eu suponho que sim – a seguinte
(e antiga) teoria: submeter bebês às belíssimas composições do compositor clássico Mozart nos primeiros três anos de vida ajuda a torná-los mais inteligentes e a superar seus traumas. Aí é que este blogueiro de circunstância pergunta: submeter bebês às duvidáveis composições do
ex-Beatle Paul MacCartney faz bem ou faz mal?


Pelo que vemos na imagem abaixo, parece que não faz nada bem.
Detalhe: este flagrante foi enviado a este signatário
pelo amigo Patrick Simas.


Sim, eu quero

segunda-feira, setembro 05, 2005

O pessoal que faz a atualização do Globon deve ter mais cuidado. Dêem uma olhada na foto da Lolita Cléo Pires e a chamada para uma promoção sobre alimentação. Vocês não acham que eu poderia processar o Globon por propaganda enganosa?



Estatísticas

sexta-feira, setembro 02, 2005

Pediram-no um conto. Cerca de vinte e cinco por cento dos escritores preferem os contos aos romances. Um romance é mais difícil de se escrever. Opinião de trinta e oito por cento dos contistas. Doze por cento desses trinta e oito por cento acreditam que bons autores de romances têm dezenove por cento de chances de se tornarem bons autores de contos.

Escreveu o enredo de seu conto. Oitenta por cento dos leitores gostam de contos. Dez por cento não desgostam e também não desdenham. Dez por cento odeiam. Com voz roufenha, leu seu conto em frente ao espelho. Riu um sorriso amarelo. Trinta e oito por cento dos contistas sorriem sorrisos amarelos.

Besta, datilografou seu conto em corpo dez. Quinze por cento dos escritores preferem corpo dez; vinte, doze; trinta, onze; trinta e cinco por cento são indiferentes.

Não era de ler estatísticas nos matutinos. Mas naquele dia, escreveu seu conto sobre estatísticas. Vinte e cinco por cento das palavras de seu conto eram numerais. Deu um título ao seu conto: “Estatísticas”. E terminou-o com um ponto final. Cem por centos dos contistas terminam seus contos com pontos finais.

Curta-Metragem

quinta-feira, setembro 01, 2005


Por detrás do vidro do ônibus metropolitano

vejo cenas do passado ausente de mim
Por detrás do vidro do ônibus metropolitano
vejo o distanciamento dos paralelepípedos e a ausência dos meus,
em mim
Por detrás do vidro do ônibus metropolitano
vejo agora a face da cidade que supõe e não se
conhece
vejo e não enxergo, procuro e não acho
por detrás do vidro do ônibus metropolitano
enxergo o diário espetáculo da vida
Espero não esperar na fila dos desempregados
por detrás do vidro do ônibus metropolitano
desejo não desejar amar as meninas que nunca me amarão
Desconheço em não conhecer por detrás dos edifícios,
o desconhecido
Sonho em não sonhar estar abaixo, porém por cima
em automóvel com motorista
particular
Por detrás do vidro do ônibus metropolitano
tento ler os jornais nas bancas e o pensamento
de quem passa
por detrás do vidro do ônibus metropolitano
observo a simples vida de quem compra flores
imagino seu apartamento por um momento
Por detrás do vidro do ônibus metropolitano
Salto então do ônibus
somente para experimentar viver
por detrás do vidro do ônibus metropolitano
antes se via, agora se vive
Aqui chove, lá ninguém se move
por detrás do vidro do ônibus metropolitano
a chuva é fria e as pessoas passam
Porque agora sou apenas
vidro
ônibus
e metropolitano