A morte e a morte de Bussunda
Vítima de boato, Bussunda brincou com a própria desgraça na capa da Revista da Web!
Parece apenas mais um daqueles boatos que circulam – e pululam – de boca em boca depois de terem surgido na internet. Mas não é. Pelo menos não desta vez. Agora é sério, mas ainda parece piada: Bussunda, um dos humoristas do grupo Casseta & Planeta, morreu.
Boato e piada são palavras recorrentes quando me lembro do humorista por dois fatos. Primeiro: Bussunda já morreu uma vez, vítima de um boato propagado pela internet. Segundo: Bussunda era humorista, e a notícia de sua morte poderia ser apenas mais uma de suas brincadeiras. Não era.
Há tempos o humor feito pelo Casseta & Planeta havia se tornado casseta. Não achava mais graça no programa, com sua recorrente crítica chapa-branca às novelas da Globo, que agora tomava quase todo o tempo do humorístico. Há muito a trupe havia perdido a acidez que marcou seu surgimento, no início da década de 80.
Cansados da falta de mulher no curso de engenharia, os estudantes Hélio de La Peña, Beto Silva e Marcelo Madureira lançaram, em 1978, o Casseta Popular. Os primeiros exemplares eram copiados em um mimeográfo. Em 1980, se juntaria ao grupo os xarás Cláudio Manoel e Cláudio Besserman, este último conhecido como Bussunda nos corredores da Escola de Comunicação da UFRJ – onde havia entrado naquele ano para cursar jornalismo. Ou pelo menos para tentar (Bussunda foi jubilado por causa de inúmeras reprovações).
Ex-militante do PCB, Bussunda já havia mostrado simpatia pela terceira via (nesse caso, o humor), quando bagunçou a luta política no campus da Praia Vermelha na eleição para o diretório de estudantes da UFRJ, lançando a chapa Overdose. Entre as palavras de ordem, a plataforma de atuação da chapa de Bussunda brigava por “cultura com CU maiúsculo” e por “caipirinha no bandejão”.
Em 1988, a turma do Casseta Popular encontraria Hubert e Reinaldo – ambos cartunistas com passagem pelo Pasquim, (ir)responsáveis pela revista Planeta Diário – durante a gênese do humorístico TV Pirata, onde eram redatores. Estava formado o Casseta & Planeta.
Um dia, indagado sobre a origem do seu apelido, Bussunda explicou que ele era a junção das duas coisas que ele mais gostava na vida. Sua terceira paixão, certamente, era uma pelada (não me refiro à acepção sexual, mas à esportiva da palavra). Engraçado – ou curioso, termo mais apropriado para o momento – como uma das paixões de Bussunda foi responsável por sua morte. Parece piada, mas não é: Bussunda morreu de futebol.
Parece apenas mais um daqueles boatos que circulam – e pululam – de boca em boca depois de terem surgido na internet. Mas não é. Pelo menos não desta vez. Agora é sério, mas ainda parece piada: Bussunda, um dos humoristas do grupo Casseta & Planeta, morreu.
Boato e piada são palavras recorrentes quando me lembro do humorista por dois fatos. Primeiro: Bussunda já morreu uma vez, vítima de um boato propagado pela internet. Segundo: Bussunda era humorista, e a notícia de sua morte poderia ser apenas mais uma de suas brincadeiras. Não era.
Há tempos o humor feito pelo Casseta & Planeta havia se tornado casseta. Não achava mais graça no programa, com sua recorrente crítica chapa-branca às novelas da Globo, que agora tomava quase todo o tempo do humorístico. Há muito a trupe havia perdido a acidez que marcou seu surgimento, no início da década de 80.
Cansados da falta de mulher no curso de engenharia, os estudantes Hélio de La Peña, Beto Silva e Marcelo Madureira lançaram, em 1978, o Casseta Popular. Os primeiros exemplares eram copiados em um mimeográfo. Em 1980, se juntaria ao grupo os xarás Cláudio Manoel e Cláudio Besserman, este último conhecido como Bussunda nos corredores da Escola de Comunicação da UFRJ – onde havia entrado naquele ano para cursar jornalismo. Ou pelo menos para tentar (Bussunda foi jubilado por causa de inúmeras reprovações).
Ex-militante do PCB, Bussunda já havia mostrado simpatia pela terceira via (nesse caso, o humor), quando bagunçou a luta política no campus da Praia Vermelha na eleição para o diretório de estudantes da UFRJ, lançando a chapa Overdose. Entre as palavras de ordem, a plataforma de atuação da chapa de Bussunda brigava por “cultura com CU maiúsculo” e por “caipirinha no bandejão”.
Em 1988, a turma do Casseta Popular encontraria Hubert e Reinaldo – ambos cartunistas com passagem pelo Pasquim, (ir)responsáveis pela revista Planeta Diário – durante a gênese do humorístico TV Pirata, onde eram redatores. Estava formado o Casseta & Planeta.
Um dia, indagado sobre a origem do seu apelido, Bussunda explicou que ele era a junção das duas coisas que ele mais gostava na vida. Sua terceira paixão, certamente, era uma pelada (não me refiro à acepção sexual, mas à esportiva da palavra). Engraçado – ou curioso, termo mais apropriado para o momento – como uma das paixões de Bussunda foi responsável por sua morte. Parece piada, mas não é: Bussunda morreu de futebol.