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Numa ilha deserta com Sig, Eustace Tilley e uma cabrocha


Dinheiro compra a felicidade? Todo o parco dinheiro que tenho hoje compra, sim. E ainda sobra troco. Se me arranjarem uma ilha deserta e uma cabrocha que aceite passar o resto de sua existência mal-acompanhada, prometo não incomodar mais os raros amigos, os parentes ricos e as leitoras de ocasião. Nunca mais.

Chegou às estantes o primeiro volume da antologia do Pasquim. São exatas 352 páginas com o melhor de um dos períodos mais férteis do jornalismo brasileiro, de 1969 a 1971. Antes, a revista New Yorker havia lançado, em dêvedê, uma edição com todos os números de seus 80 anos bem vividos. O supra-sumo de e de . O crème de la creme de Nova Iorque e de Ipanema.

De Jaguar a Crumb, de Ivan Lessa a Woody Allen, de Ziraldo a Steinberg, vou contando minhas parcas moedas e chego à conclusão: dá para comprar a felicidade.

O Pasquim surgiu em 1969, no Rio de Janeiro. Deu uma sacudidela na grande imprensa, mudou a linguagem publicitária, influenciou uma turma infindável de cartunistas e humoristas e fez escola com sua crítica de costumes, um recurso usado na época para bater na ditadura. Aos poucos, o jornal semanal, alternativo e nanico, saiu da marca de 14 mil exemplares e chegou aos 200 mil leitores. A brincadeira durou 22 anos.

a The New Yorker estreou em 21 de fevereiro de 1925, nos Estados Unidos. Foi fundada porque Harold Hoss desejava criar uma sofisticada revista de humor. Ainda que a publicação nunca tenha perdido sua original veia humorística, a The New Yorker rapidamente se estabeleceu como um local fecundo para o jornalismo de qualidade e a ficção. Passaram por nomes como Vladimir Nabokov, Truman Capote e Elizabeth Bishop.

O primeiro volume da antologia do Pasca custa R$ 59. Se multiplicarmos por quatro volumesainda nãoprevisão de lançamento para os outros três –, chegamos a R$ 239. A caixa com os oito dêvedês da New Yorker saem a US$ 50. Mais ou menos R$ 115 em moeda tupiniquim. No total, apenas R$ 354 pela felicidade. Uma pechincha.

E assim, ao lado do rato Sig, o símbolo do Pasquim; de Eustace Tilley, o dândi que virou mascote da revista norte-americana; e de uma cabrocha incauta, numa ilha deserta, eu imagino o paraíso. Agora, quanto deve custar uma ilha deserta?

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