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De bandos e bancos


Você sabe que há um bando de ciganas logo à sua frente quando percebe que os transeuntes estão fazendo uma curva desnecessária para chegar ao outro lado da calçada. Aliás, desnecessária, não. Necessária.

Andar pelo centro das grandes cidades nos últimos tempos tem se tornado um trabalho para profissionais. Há uma série de técnicas para driblar ciganas, panfletistas, engraxates já trintões, camelôs, batedores de carteiras e a praga do Brasil dos juros estratosféricos: os funcionários das financeiras.


Membros da linha de frente do negócio mais rentável hoje no país – o empréstimo pessoal –, os promotores de vendas têm uma tática de abordagem semelhante à das ciganas.


Tudo para convencer incautos a fazer um cartão de crédito ou tomar empréstimos que chegam a cobrar 16% de juros ao mês. Em uma comunidade no Orkut, funcionários da Taií, a financeira do banco Itaú, trocam informações sobre como atrair o cordeiro para o matadouro.


Vale tudo: agarrar o cliente, seqüestrar o CPF do pobre-coitado e retê-lo na loja para obrigá-lo a entrar e, é claro, não falar sobre os juros, pois "podem afastar a pessoa".
No tópico "Quais são seus argumentos para convencer o cliente", o promotor Lucas do Nascimento, de forma jocosa, afirma que mente, ao dizer para os possíveis clientes que eles podem concorrer a 100 bolsas de estudos por mês. "Mentira, todo mês não", explica o funcionário aos seus colegas de comunidade. "Falo também que vou sempre dar brindes e faço o cliente jogar um dado colorido que tem na loja, mas nunca ele ganha", lembra o promotor.

Ao redigir o relato, Lucas se referiu ao "bando Itaú" – um óbvio porém pertinente erro de digitação.

O problema é que esses – assim como as ciganas – pobres vendedores de ilusões são tão pobres quanto os incautos que servem apenas para inchar suas metas mensais e garantir a comissão minguada no final do mês. Quem lucra mesmo com o financiamento dos sonhos alheios são os banqueiros – em 2005, o Itaú obteve o maior lucro da história dos bancos: R$ 5,25 bilhões, 39,06% a mais do que em 2004. Em alguns casos, trocar o "c" pelo "d" faz toda a diferença.
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